segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Sergio e Javier Torres


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Javier e Sérgio Torres são gêmeos idênticos, e na cozinha, as poucas diferenças se diluem. Perto de um fogão os irmãos parecem somar ideias para uma mesma cabeça, como se fossem um único corpo com quatro mãos - todas a serviço, principalmente, da gastronomia contemporânea espanhola, terra de origem dos conceituados chefs. Eles não se prendem ao sabor catalão. Pelo contrário, sugam referências por onde passam. Foi assim no Brasil, onde os chefs estão à frente de uma rede de restaurantes, o Eñe.
Em julho deste ano, Javier e Sérgio estiveram em Belém, para realizar o jantar de lançamento do empreendimento Torre Breeze, da Leal Moreira. O tempero dos espanhóis encantou os 150 convidados e mostrou por que os irmãos são tão reconhecidos. Da mistura de sabores feita com competência e seriedade, o resultado não poderia ser outro: culinária que agrada aqui ou em qualquer outro lugar do mundo.

À moda da casa
A paixão pelos cheiros e sabores surgiu dentro de casa, ainda na infância. Os encontros da família Torres sempre foram ao redor de uma mesa farta, com comidas para todos os gostos e para o tamanho de todas as vontades. “Aprendemos a apreciar culinária com nossos familiares. As reuniões eram sempre uma grande festa gastronômica, com muitas comidas, doces e bebidas”, lembra Javier.
Não demorou muito para que as brincadeiras na cozinha de casa virassem coisa séria. Aos 14 anos, os dois entraram para a Escola Arnadí, um dos mais conceituados centros de estudos gastronômicos da Espanha. Depois passaram por cozinhas conhecidas mundialmente, como Plaza Athenée, em Paris, e Neichel, em Barcelona, além de terem trabalhado como chefs executivos do restaurante Reno e Dos Cielos em Barcelona.
Em 2004, depois de conhecer a gastronomia de toda Europa, os irmãos aportaram em terras tropicais. Eles gostaram tanto dos gostos que descobriram no Brasil que abriram o restaurante Eñe, em São Paulo – e logo depois inauguraram uma filial no Rio de Janeiro. Logo na primeira visita ao país, os chefs vieram à região Norte, que passou a chamar atenção dos irmãos desde que começaram a estudar os sabores oriundos da Amazônia. E, apropriadamente, o lugar escolhido para dar início aos estudos práticos foi a capital do açaí, Belém do Pará.

Alquimia de sabores
Foi assim também que a devoção à culinária espanhola e aos sabores europeus cedeu espaço para uma nova paixão: a comida brasileira, mais especificamente a paraense. No lugar da substituição, porém, os irmãos optaram pela experimentação. “A gente sempre tenta misturar os sabores e, assim, descobrir novos pratos”, conta Sergio. Rapidamente eles perceberam que provocar misturas inusitadas com algumas especiarias locais rende combinações de tirar água da boca. “Toda vez que viemos a Belém é indispensável uma volta no mercado do Ver-o-Peso”, diz Javier. “E as sacolas sempre voltam cheias de jambu, cupuaçu, tucupi, peixes amazônicos – que adoramos, inclusive! - e outras iguarias”, completa Sergio. Nas cozinhas que estão ao comando, Javier e Sergio sempre tentam incluir os sabores amazônicos em seus pratos.
“Inserimos em nossos experimentos os gostos que descobrimos na Amazônia”, garantem os irmãos, que se dedicam principalmente aos estudos de uma nova gastronomia, que tem como base a conciliação de sabores diversos.
Especialmente para a seção Gourmet da Revista Leal Moreira, os irmãos espanhois, como são mundialmente conhecidos, preparam uma receita de autoria conjunta, sucesso no restaurante Eñe. Com poucos ingredientes e um preparo prático, as suculentas Batatas Bravas, tiram água da boca de quem as experimenta. Um prato de sabor picante, para combinar com duas das maiores paixões dos chefs: as gastronomias espanhola e brasileira.

Releitura
Para fazer valer na prática a ideia de interação entre culinárias distintas, base do atual estudo gastronômico dos Gêmeos, vamos demonstrar uma receita dos irmãos espanhois que é sucesso no restaurante Eñe. Prática, deliciosa e picante, a “Batata Brava”, arranca suspiros de quem a experimenta.

Batatas Bravas
Rendimento: 6 porções
Ingredientes:
1 kg batata Asterix
15g  Páprica picante
Tabasco Q.B.
5 ovos
1l. Óleo de canola
Òleo para Fritar
Sal e pimenta

Modo de Preparo:
Descascar as batatas, cortar com um aro de 2,5 cm de diâmetro por 4 cm de altura; com um boleador fazer um buraco nos cilindros de batata para que pareça um “copinho”, pré cozinhar em água quente. Em um liquidificador bater uma maionese com os 5 ovos, a páprica, o tabasco e o óleo de canola, temperar com sal e reservar; fritas os copinhos de batata e rechear com  a maionese picante.

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Fonte: Revista Leal Moreira (www.lealmoreira.com.br)
Imagens: (1) zuppablog.com.br; (2) Divulgação.(guiadasemana.com.br)

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

CHEF DANI GARCÍA


Entre algumas tapas aqui e um gaspacho ali,estive lendo sobre alguns chefs espanhóis,chefs que estão reformulando a cozinha espanhola.

Alguns me chamaram muito a atenção,outros um tanto quanto pouco demais.

Entre eles, um se destacou, por sua inovação,criatividade e ingredientes utilizados em suas preparações.

Dani García,um chef Malaguenho,destacou-se no madri fusión de 2005,congresso gastronômico liderado nesse mesmo ano por Ferran Adrià.
García conseguiu se destacar entre outros chefs por suas produções inovadoras com azeites congelados em nitrogênio e um maravilhoso gaspacho com açai brasileiro.

Em 2002,três anos antes, García já havia chamado a atenção pela qualidade de sua culinária e levou o restaurante tragabuches a conquistar uma estrela no guia michelin. O menu degustação reservava algumas surpresas para o paladar como o gaspacho de beterraba com gelado de água de ostra, uma das tapas, e um vigoroso prato de rabada bovina ao chocolate com camarão perfumado por curry. García fez, com êxito, um trabalho de renovação de clássicos do sul da Espanha.

Três anos depois, ele recebeu o título de chef do ano da Academia Espanhola de Gastronomia.Nessa época, García já estava à frente do estrelado restaurante Calima, em Marbella, no interior do pouso de luxo Grand Hotel Melia Don Pepe.

García conhecido por ser um chef tendêncioso e muito detalhista dá o ar de sua graça hoje à frente do restaurante Calima, trazendo até seus comensais toda inovação dessa tão super aquecida nova cozinha espanhola.

Vale a pena conferir!!!!


Por: Jefferson Herrero

Fonte:Veja SP / imagem: cookingspain.wordpress.com
Blogs:Arnaldo lorençato. Como,logo existo

domingo, 12 de fevereiro de 2012

A nova cozinha espanhola


A nova cozinha espanhola vem com uma proposta totalmente inovadora referente a forma de execução e apresentação de suas já tão famosas receitas culinárias.
A proposta mantém todo o requinte e o glamour de suas preparações,mantendo todos os ingredientes tradicionais.
O que muda na realidade é forma e o método de preparação dos ingredientes.
Por sua vez, um método de cocção utilizado em um determinado alimento pode auterar suas propriedade físicas e organolépticas.
O que a nova cozinha espanhola tem a nos oferecer,pode mudar e muito nossos hábitos e conceitos alimentares,mas o que todos se perguntam, é até onde essa inovação pode ir ou não.
A nova cozinha espanhola vem com  força total na área de desconstrução de pratos,mas o quê seria tal desconstrução?
Será que essa inovação vem realmente para ficar?
No momento a gastronomia se divide ao meio,há os que são favoráveis a essa nova arte dentro da cozinha e os que não gostam muito da idéia.
Os franceses tradicionalíssimos defendem com afínco a sua posição contrária à desconstrução dos pratos e garantem que as receitas perdem seu sabor tradicional.
Já os espanhóis garantem que o sabor é realmente o mesmo,e que independentemente do método de cocção os sabores reais continuam preservados.
Na realidade além de  alimentos muito mais saudáveis também temos percas minímas no valor nutritivo dos alimentos.
também é notório que os alimentos não perdem tanto sabor,o que nos permite saborear alimentos muito mais saborosos e aromáticos.
De fato a desconstrução brinca e muito com nossas sensações,pois podemos experimentar vários tipos de alimentos com formato e textura completamente diferentes,que fogem ao nosso imaginário.
Nossas sensações mudam completamente quando os alimentos confundem nosso olfato e nosso paladar ,tudo é muito lúdico porém se torna diferente a cada prato,e esse é o diferencial da nova cozinha espanhola.
Com essa nova tendência gastronômica você pode brincar de construir descontruindo,o que para muitos pode ser fácil tão quanto difícil.
O que muitos chefes já chamam de nova cozinha cubista espanhola,comparando a nova obra prima da gastronomia espanhola ao movimento artístico que surgiu no século xx.
Então será  Ferran Adrià o nosso Pablo Picasso dos tempos modernos gastronômicos?
O catalão,chef  e dono do restaurante El Bulli, localizado na região de Costa Brava é conhecido como o chef desconstrutivista.
É atualmente o mais falado e mais renomado conhecedor da arte de desconstruir,autor de três livros ele diz que os chefs devem conhecer química e física e prestigiar a natureza.




Por: Jefferson Herrero